Capítulo 65

Vi uma cobra ali, e imediatamente gritei.
-Que foi muié? -Luan falou se  virando pra trás
-Olha pra frente amor, uma cobra amor, uma cobra! -eu falava gritando e pulando.
Acabei torcendo meu pé numa pedra e cai com tudo.
-Amor ce tá bem? -Luan falava pegando minha mão, e me ajudando a levantar.
-Meu pé Luan.. -coloquei a mão nele tentando massagear, a única coisa que faltava era eu ter quebrado.
-Coloca os braços aqui. -coloquei um braço em volta do seu ombro, e assim fomos descendo de volta pra casa.
-Amor, aquilo era uma cobra, eu vi. -falei
-Era um lagarto, exagerada, tanto medo e olha no que deu.
-Não é nada grave não, você vai ver.
-Nada grave? Como nada grave, a gente vai embora amor, não quero te ver com dor.
-Amor, você veio com sua família... Tem que se divertir, a noite a gente vai.
-Não é não Isabela, a gente vai assim que chegarmos em casa. -Luan falou e eu assenti com a cabeça, pra evitar uma discussão.
-Amor.. Mas e a idéia la.. -cheirou meu pescoço, a gente aqui.. No mato. -passava uma das suas mãos na minha cintura, acariciando e ao mesmo tempo apertando, e me pegou no colo, não reclamei disso, já que meu pé doía mais que tudo.
-Luan, eu torci meu pé, tá doendo pra caralho, eu to com medo de tudo aqui, e você ainda pensa nisso? Vamos logo pra casa, por favor. -falei e ele continou a andar, e depois de alguns minutos parou e me encarou.
-Foi por aqui mesmo que a gente veio? -falou fazendo careta.
-Eu acho que sim, por que Luan? Por que? -falei rapidamente.
-Eu não lembro como faz..
-Não, eu não acredito que a gente se perdeu aqui! -gritei.- Idiota.
-Amor do céu, calma!
-Calma? Eu to perdida em um lugar, cheio de bicho, mato, coisa que tenho medo, to de tpm. -bufei- E agora.. eu to com o pé machucado -falei manhosa, e imediatamente uma lagrima escorreu do meu rosto.
-Ah não.. você não vai chorar né Isabela.
-Não pode nem mais chorar agora Luan Rafael? Cala a boca!
-Pera aí amor.. -tirou o celular da bolsa-
-Amor nada, você é burro o suficiente pra não saber o caminho que faz de volta pra casa, sendo que vem aqui a anos.
-Como aguentar uma mulher de tpm, e com medo de mato, PESQUISAR. -falou baixinho e digitava no celular, comecei a rir.-
-Luan.. você é muito idiota. -falava devagar, devido a falta de ar de tanto rir, mas voltei a ficar séria. -Em vez, de você ficar fazendo idiotice, por que não tenta ligar pra alguém? -falei brava.
-Por que tá sem sinal.. -torceu a boca.
-Eu não acredito! -voltei a chorar.
-Não chora muié de Deus, eu to descendo aqui.. a gente vai chegar, para de manhã.
-Manhã o escambal! Eu to perdida no meio de um monte de mato, com esses insetos me mordendo inteira. -gritei
-Isabela. -passou a mão na testa.- Cala a boca!
-Ok, calei Luan Rafael.
Continuamos a andar durante alguns minutos, que pra mim, pareciam horas... até que encontramos a casa.
-Chegamos! -me colocou no chão, e eu fiquei quieta.
-Amor, não tá feliz com isso? Amor.. -falava vindo atrás de mim, e eu mancava feito uma idiota na frente, virei-me e lhe mostrei o dedo do meio.
-Meu deus! -falou e levou suas mãos até o rosto, ri.. e entrei, avistei Bruna e Lucas na sala, vendo algo na tv.
-O que aconteceu com seu pé cunha? -Bruna perguntava.
-Pergunta pro idiota do seu irmão que tá vindo ai. -falei e subi as escadas com meu pé claro, latejando.
-Amor, vem aqui, me responde. -escutei ele gritando e subindo as escadas correndo, acelerei meus passos, e entrei no quarto.
Corri pro banheiro, e me tranquei ali, tirei minha roupa que estava toda suja de terra, e fui pra debaixo do chuveiro, lavei meus cabelos, e deixei que a água morna caísse no meu pé, o que pelo menos estava aliviando a dor. Terminei meu banho, e me enrolei na toalha que havia ali, sai a procura de uma roupa, e vi que Luan estava deitado da cama, mexendo no seu celular, se assustou ao ver minha presença ali, e  acabou derrubando seu celular na sua cara, o que me fez rir.
-Amor, por que tá assim?
Não respondi, apenas peguei minha roupa, e voltei pro banheiro, me vestindo

Sequei apenas um pouco do meu cabelo, e fiz uma maquiagem super leve, saí do banheiro, e Luan ainda permanecia ali.

-Amor? Por que tá brava? Por que não me responde? -falou se levantando, e eu me abaixei pra pegar uma sapatilha que havia ali.

-Você não mandou eu calar a boca? -falei calçando meus sapatos, e logo depois ficando frente a ele.

-Amor.. -veio rapidamente até mim, o que parecia que era uma tentativa de me beijar, o empurrei.

-Não Luan, você não disse que era pra eu calar a boca? Foi apenas o que eu fiz.

-Amor, você tava me deixando nervoso, foi por impulso uai, desculpa. -fez cara de manhã.

-Eu tava com dor, nervosa, não to nos melhores dias, no meio do mato, morrendo de medo, e você me manda a calar a boca, por favor né. -disse

-Ok amor, desculpa.. agora, olha, olha o bicho que tem aqui atrás. -apontou o dedo pra trás, e eu me assustei, me virando rapidamente, e então fui surpreendida com um beijo.

-Idiota! -ri e voltei a beija-ló, encerramos o beijo com selinhos.

-Meus pais já estão com as coisas arrumadas, minha irmã tá terminando de se arrumar, e a gente já vai, pode arrumar as coisas. -falou

-Já ta arrumada amor.

-Vou levar lá pra baixo então.. mas antes, e o pé como tá?

-Doendo um pouco.

-Acha que quebrou? -torceu a boca.

-Não, acho que só torceu mesmo.

-Jajá estamos lá ta? Fica bem. -beijou minha testa, e desceu com as malas.

Avaliei se tinha mais alguma coisa ali, e então desci também, logo todos estávamos prontos, e então nos dirigimos pro aeroporto.

(...)

Chegamos em São Paulo, por volta das 18:00 e Luan acabou ficando comigo em casa, mas depois de muita insistência dele, acabei concordando que teria que ir ao médico, e assim fizemos.

Olá meus morecos, como estão? Eaí, o capitulo ficou pouco maior que os outros né? KKK e a mini briguinha dos dois gostaram? Vocês não deram sugestões pro nome do casail.. :( Enfim, espero que tenham gostado do capitulo de hoje, e ah comentem, muito! 

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